
Desde os 80 em caminhos agrestes, às curvas dadas fora de mão em pleno temporal, passando pelos saltos por cima de muros em direcção a vinhas acabadas de cultivar, esta 4L pode apelidar-se de uma resistente, como nunca visto. Nem mesmo João Garcia, se pode chamar mais de sobrevivente que esta máquina de destruição (e nem precisou de escalar o Evereste, apenas um pequeno monte em Esmolfe!).
Passadas horas da Direcção-Geral de Viação ter passado o atestado de suicídio (GUIA), ao Albuquerque, este indivíduo induziu dois colegas seus (um, infelizmente sou eu), numa viagem ao *****, que se adivinhava perigosa. O excesso de velocidade, alienado à falta de segurança da máquina, juntamente com o piso escorregadio e conversa sobre raparigas bem formadas, levara à primeira demonstração de perícia do nosso condutor (a parte da perícia foi a gozar).
Muitos momentos de puro medo e susto se seguiram, ao fazermos de passageiros neste carro, mas claro, desde que ele DEIXE DE FAZER ESTAS MERDAS NÓS VAMOS CONTINUAR A ANDAR COM ELE!!!
Mas nem só de sustos é marcada a história desta 4L. Ela é também marcada pela colocação de auto-rádios, com vista à audição da Sanitarium. Esta proporcionou-nos grandes momentos de gozo e engate às cachopas (lol). Ah pois, não são os Renaults 5 sem fundo, escape da Remus, auto-rádio da Pionner a debitar enormes decibéis de puntz, puntz, trá, tá, tá, a que se acrescenta um autocolante no vidro traseiro a dizer Tunning, que as moças gostam. Quer dizer, se calhar até é…bem mas a nossa terra é uma excepção. Elas gostam sim, diz-me a minha experiência, de rapazes bem formados, que passam discretamente por elas sem dar ao alarme numa humilde 4 latas.
Mas isto não se aplica a nós, porque além de não sermos bem formados, não passamos discretamente, somos obrigados a passar de maneira machista, colocando o braço de fora da mesma. Isto devido ao espaço reduzido onde se encerram nossos corpos. Também Metallica a bombar para os transeuntes ouvirem a bom som, não ajuda à descrição. Pelos vistos, a única coisa que temos, será então, a humilde 4L.
Como diz um senhor com experiência:”A 4L é como um jipe, é só preciso meter gasolina!”. Ao que nós acrescentamos:”…e dar ar aos pneus às vezes também é preciso”.
Deixo um apelo, quem tiver uma 4L e não se utilize dela para dar umas boas voltas, avise. O Tone não se importa de a comprar para nós andarmos nela (lol). Tem que se apresentar em bom estado claro, não pode apresentar vestígios de que qualquer peça Tunning tenha tocado a sua valiosa e única tinta.
3 comments:
bem...não sei porquê tanto fascínio por um "carro" a cair de velho,ou eu é que não devo ter percebido as vossas metáforas! mas se quizerem mesmo uma verdadeira peça de antiquário, sempre têm o carro do meu pai, um fiat punto com mais de 20 anos!!! Ah, e a minha vizinha tem um 4L ou lá o ke é isso.
;-)Nice
pois é, aqui o nosso luigi é um mestre a descrever a 4l do jackass.
porta te bem e continua com esse teu sentido de humor unico e humilde!
bjts
Quando a Eunice comenta num blog é porque o blog é msm fx!!! É por essas e outras que continuo a visitar o dorisproject. Obrigado Luís. Para quando fotos no teu hi5 com legendas do tipo "tava bandeira vermelha e por isso não pude ir à agua, então amuei"?
Comte
Post a Comment