Sunday, May 20, 2007

A Redacção da Vaca


Redacção sobre um animal


O pássaro de que vou falar é o mocho. O mocho não vê nada de dia, e à noite é mais cego que uma toupeira.Não sei grande coisa do mocho, por isso vou continuar com outro animal que vou escolher: a vaca.
A vaca é um mamífero. A vaca tem 6 lados: o da direita; o da esquerda; o de cima; o de baixo; o de trás, que tem um rabo, o qual tem um pincel pendurado (com este pincel espantam-se as moscas para que não caiam no leite); a cabeça serve para que lhe saiam cornos e também porque a boca tem de estar nalgum lado (os cornos são para a vaca combater com eles).Pela parte de baixo tem leite. Está equipada para que se possa ordenhar. Quando se ordenha, o leite vem e não pára nunca. Como é que se desenrasca a vaca, nunca compreendi, mas o leite cada vez sai com mais abundância.O marido da vaca é o boi. O boi não é mamífero.A vaca não come muito, mas o que come, come duas vezes, portanto já tem bastante. Quando tem fome, muge. Quando não diz nada é porque está cheia de erva por dentro. As suas patas chegam ao chão.A vaca tem o olfacto muito desenvolvido, pelo que se pode cheirá-la desde muito longe. É por isso que o ar do campo é tão puro.


Texto da autoria de um rapaz francês com cerca de 14 anos, retirado do livro d’O Homem Que Mordeu o Cão, Volume 1 – Adaptação a livro da rubrica de Nuno Markl na Antena 3, com o mesmo nome.

Hippies no McDonalds

Na sexta-feira vi hippies no McDonals. Sim, leram bem. Hippies no McDonalds. Eram um grupo de cinco ou seis e estavam naquelas mesinhas que há na parte de fora. Mas para meu espanto (aliás, para meu segundo espanto), eles não estavam lá para encanar cerveja. Eles estavam MESMO a comer no McDonlads!

Eu tinha a ideia (e o resto do mundo, p’raí) que a filosofia hippie era aquela cena do “paz e amor”, do contacto com a natureza, e aquela – a que mais interessa para o caso – de comerem principalmente comida saudável, nomeadamente vegetariana ou macrobiótica. Logo, aqueles que eu vi estavam a ir contra as regras (vá, podiam estar no dia de folga, mas isso não vos posso garantir). Eles meus amigos, perdão meu amigo (tenho dupla personalidade e “ele” é o único a ler o que aqui se escreve), estavam a comer alimentos (já cansa falar em comida) altamente gordurosos. Resumindo, hambúrgueres totalmente “não-nutricionistas”, em que as vacas (mas mesmo vacas, daquelas que mugem…hmm...pera…daquelas que têm tetas…hmm…pera…daquelas que são irracionais…porra! também não serve; esqueçam! Daquelas vacas, cujas patas chegam ao chão*), que eles abatem para fazer os hambúrgueres são tornadas “adultas e comestíveis/abatíveis” dentro de quatro ou cinco semanas.
Mas mesmo assim aquilo é bom e eu gosto, mas eram hippies, c’um catano! Sendo assim vou já comprar um Buldogue e jogar FM, em vez de ir tomar banho.

* Leiam o post acima

Saturday, May 19, 2007

O quase culminar da palhaçada (é que também houve o cortejo)

Entre as diversas expressões ou conversas algo bizarras que ouvi durante a Queima das Fitas – “Esse grande chavascal” (como diz o Pipi), houve uma em particular que me despertou a atenção a ponto de a ter memorizado logo no telemóvel, para mais tarde recordar. E a expressão foi: “Eu pareço uma avioneta, se reparares”

Andava eu às voltas pelo recinto, talvez à procura daquela poção mágica da noite coimbrã, que até é assim p’ró amarelo e tal, quando ouço esta grande expressão, vinda de um grupo de amigos (que suponho eu, já tinham efectuado o trajecto que eu estava a fazer, algumas quinze vezes). Mas deixem-me enfatizar: “Eu pareço uma avioneta, se reparares”, repito:
“se reparares”.

Vá confesso que até já estava um bocado tocado, mas eu reparei bem e o rapaz não se parecia nada com uma avioneta. Mas é que mesmo nada! A sério, acreditem! A minha noção de uma avioneta pode não ser lá muito boa, mas eu tenho a ideia de uma avioneta ser uma espécie de aeroplano, que até tem duas asas e pelo menos um motor. Ah, e é construída maioritariamente por metal. Então penso que é um bocado diferente de um ser humano a fazer “o quatro” ou lá o que era. O rapaz não era de metal. Era de carne e osso…e tendões…e músculos…e cevada, vá.



Outra situação engraçada sucedeu quando o Pepper me perguntou se queria ir buscar cerveja com ele. Quando eu lhe pergunto se ele já tinha senhas, ele respondeu-me isto: “Ya, já comprei um Packett”. Mas foi uma coisa que até saiu assim no momento. Foi uma resposta não foi propositada. A sério!
Agora eu tenho duas perguntas:

- Se dá mesmo para comprar Packetts, quem foi o infeliz que comprou um e o meteu a leccionar Inglês aos alunos de Jornalismo?

- Será que ainda dá para o devolver?

Enfim… era a Queima.