Saturday, September 20, 2008

Encontros entre a ralé e as realezas


O Sarkozy já anda a metê-los à Carla, pelos vistos.

"Quelq'un m'a dit comme se de rien n'était."

Friday, September 19, 2008

3 em 1

Diz que o filme Bienvenue chez les Ch’tis, no qual as personagens de uma pequena aldeia francesa têm um dialecto local, onde trocam o s pelo x é o mais visto em França nos últimos tempos. Adaptação para filme da troca de mensagens entre fãs de Tokio Hotel? Provavelmente. Existirão muitos fãs de Tokio Hotel em França? Sim, não é de admirar, até porque França teve pessoas com nomes destes: René Descartes, Voltaire, Saussure, Sartre... muito provavelmente todos emo.

Já em 2003, Tarantino, previa a chegada dessa praga, que só iria aparecer dois anos depois.


Eu não discrimino ninguém, mas também não crimino, porque isso é discriminar, e, muito provavelmente, proíbido. As pessoas vêm ter comigo e dizem "Luís, os teus posts são xenófobos e racistas, tudo bem, mas havia necessidade em discriminares pessoas pelos seus gostos musicais?!". Eu agradeço o reconhecimento e acho que é um dom que tenho, mas não me gabo dele. Quem o diz são os fãs. E respondo: além disso tudo também são homofóbicos, ou saltaram a parte onde se lê nas entrelinhas que os Tokio Hotel são paneleiros. De nada!

Saturday, September 13, 2008

Valetes


Há uns dias estava eu muito descansadinho ao pé de Santa Margarida, quando fui obrigado a ouvir a conversa que três indivíduos de raça negra estavam a ter. E, um deles estava-se a gabar para os outros: "Ei, nem sabes chaval, tenho bué cenas no disco, chaval. Tenho, tipo, 40 Gb em filmes, 20 Gb em som e 30 Gb em vídeoclipes." Então, quando perguntado que vídeoclipes ele tinha, o indíviduo de raça negra respondeu: "Chaval, tenho tudo o que anda aí novo, tenho, tipo, Snoop Dog, Jay-Z, Puff Daddy, Akon..."

E eu aqui sem espaço no disco para coisas a sério...

Monday, September 08, 2008

Festas do caralho


Dois meses parado, para agora arrancar em beleza. Qualidade antes que qualidade, como dizem os brasileiros, é pena eu não ver qualidade nesta frase.


Vou ser franco, não sei como começar. No espaço de 5 horas passaram-se tantas coisas ridículas e caricatas, que, devido à sua abundância exacerbada perdi o fio condutor que se dá pelo nome de ordem cronológica. Portanto, vai tudo ao molho, foda-se!

Vamos começar por um rapaz de um certo conjunto pimba. Este rapaz, que, supostamente é técnico de luzes, encontrava-se na sua saga de gozar com a inocência musical de rapazes mais jovens que ele. Portanto, estes rapazes chamaram-me. O técnico de luzes pergunta-me, então: “Conheces Vibe?”, ao que eu respondo: “É o Dj, não é? Pah, conheço, mas não curto”. Então, ele, das duas, uma: ou gosta muito do Vibe e ficou desiludido ou estava à espera que eu não conhecesse, pois apressou-se a retorquir: “Então curtes o quê?”. Eu respondo: “Pah, estou mais ligado ao Metal”. Agora vem a parte gira, pois ele replicou: “És metaleiro?”, ao que se sucedeu uma data de risos por parte dos jovens com quem ele gozava há segundos atrás. O porquê eu não sei, mas suponho que eles nunca tenham ouvido tal palavra na vida, pois passaram a noite toda a perguntar a altos berros ao técnico de luzes se ele era metaleiro. Foi bonito.

Continuando com a parte ligada ao técnico de luzes… Eis que ele chama uma das bailarinas do conjunto para a apresentar a um jovem meu colega. Ela, na sua boa vontade, veio a ele. Quando viu para o que se tratava, apressou-se a dizer “Ah, tenho que ir “cumuer”!” Agora, estou na dúvida: será pior a desculpa ou a forma como ela foi dita? Ou haver quem pague para ter gajas gordas e de bigode em cima de um palco a dançar?

Seguindo em frente (boa redundância!), os finos passaram a ser à borla. Isto é fantástico por duas razões: não se gasta dinheiro e dá para deitar muito no chão (uma razão leva à outra, portanto é só uma, vá). E vocês perguntam: “Então, mas, que caralho, para que foi que deitaste cerveja no chão, palhaço?”. Pá, não fui eu, foi o Julien. Mas porquê, não sei. Eu dei-lhe o copo para a mão e passado um segundo ele já o tinha atirado. Coisas que não se vêem assim muito amiúde.

Mais coisas… não me estou a lembrar de nada. Ah, as bailarinas são aquilo que nos States se chama de “sluts”. Ah, boa, lembrei-me de outra coisa: encontraram um membro do conjunto no chão atrás do palco. Isto não é motivo de chacota, mas os amigos dele são. Quando o rapaz disse que tinha bronquite, eu disse: “Pá, vão buscar a bomba de ar ao homem!”, ao que um desses amigos gritou: “Enquanto eu estiver aqui, ninguém lhe dá medicamentos”. A reflectir. Depois, também houve tiradas muito boas de quem se gaba de ter um curso de primeiros socorros, do estilo: “Foram os tremoços. Deixem-o estar virado para o lado esquerdo, não lhe mexam até chegar o apoio dos bombeiros, é o procedimento adequado.” Também foi caricato quando os bombeiros estiveram 10 minutos a tentar meter a maca na ambulância, pois parece que não encaixava. Também achei estranho o facto de os colegas de banda não saberem da condição do rapaz, podiam-se prevenir certas coisas, que, se formos a ver, não são agradáveis.

Esta também é muito gira: quando encontro um colega que já não via há mais de um ano, ele diz-me isto (ainda estou um bocado abalado): “Então? Oh... Os anos parece que não passam por ti, estás cada vez mais novo!”. Senti-me revigorado, mas, pensei melhor e disse-lhe: “Oh meu, isto não é uma conversa que deveríamos ter daqui a 50 anos?”. Ele respondeu apenas que sim. Foi porreiro. Nos próximos 50 anos não espero que me tornem a dizer uma destas. Estudos indicam que é muito raro acontecer este tipo de conversa antes dos 50 anos, o que, se virmos bem, é quase tão agradável de saber como o estudo que indica que, a partir dos 50 anos, ganha-se a mania de usar o casaco por cima das costas, sem estar vestido.

Mais coisas, tirando garotas de 14 anos a pedir cigarros… Foi giro também ter que dizer “pois, não há emprego” de cinco em cinco minutos, mal encontrava alguém que já não via há um tempito.

Também foi agradável o irmão do Johhny ter dado uma tareia a um garoto maior que ele… era um miúdo adiposo. Espero que ele não leia isto, que qualquer dia vinga-se e chama-me magro ou assim uma coisa violenta.

No final desta sequência de cenas burlescas, ainda ganhei duas t-shirts, que já não serviam ao “Ma Friend”, por isso acho que valeu a pena. Além disso, fico contente por hoje não ter acordado com sangue de galinha na roupa, pois ele queria ir matar uma para comer.

Calha bem, às vezes.