Monday, July 23, 2007

Vai de Vela! Ai vai, vai!

What the fuck happened?!

Friday, July 20, 2007

Evolução dos "Tónes"


Vou ser o mais objectivo possível. Esta é a foto de um gajo que estava a estudar numa esplanada de uma padaria, vestindo um colete retro flector das obras, com um frasquinho de bronzeador. Frasco este que ele ia usando para besuntar a cara de vez em quando. Cliquem para ampliar (porra, já estou a falar comigo outra vez!).

Monday, July 09, 2007

Pedófilo de animais


Então ó senhor Vitor Hugo? Isto são coisas que se façam aos leõezinhos? Você e o Caetano Veloso... O Caetano Veloso ainda disfarça um bocado, agora o shor Vitor é mesmo à bruta, aos olhos de todos. Pedófilo de animais, pá!! Se for o do Sporting ainda vá que não vá. Mas veja lá! A protecção dos animais anda aí à perna e você... Epá! Sinceramente.... Ao menos usou protecção?!

Sunday, July 08, 2007

Jornalismo daquele pior que o mau, aka Jornalismo

"O primeiro dia da 13ª edição do festival patrocinado pela melhor cerveja da Península Ibérica foi um sucesso a nível de adesão de público. Mesmo sem números oficiais, estima-se que mais 35 mil pessoas compareceram no Parque Tejo. Grande parte delas seduzidas pela presença dos Metallica. Mas foi preciso esperar - e muito - pela chegada dos grandes senhores de "Kill'em All".

A meio da tarde, a primeira banda causou logo espanto - e isso tanto pode ser bom como mau. Os Men-Eater laboraram um amontoado sonoro capaz de provocar turbulência no ar ao ponto de quase impedir os levantamentos e as aterragens dos aviões no aeroporto da Portela que ali fica perto. O vocalista não cantou - emitiu uns grunhidos num idioma imperceptível. O JN passou 17 minutos a tentar perceber se o homem adoptava a língua portuguesa, inglesa ou o aramaico. Infelizmente, não chegámos a qualquer conclusão e, como tal, pedimos desculpas aos nossos leitores.

Mais do mesmo

Sem demoras, seguiram-se os More Than a Thousand, outros da mesma casta. Os guitarristas abanavam o tronco e cabeça como se enxotassem abelhas alojadas no cerebelo. Desconhece-se se terão uma grande carreira pela frente. Todavia, caso a banda se dissolva, os seus membros terão futuro garantido como sonoplastas de filmes de terror ou de documentários sobre animais selvagens para a National Geographic. O mesmo se aplica aos Mastodon e aos Blood Brothers - ainda que estes últimos tenham mostrado, aqui e ali, bons apontamentos de electro-metal (seja lá o que isso for). Dos Mastodon e Stone sour nem vale a pena falar pura banalidade.

Enquanto a noite chegava, dilatava a ansiedade para ver os irresistíveis Metallica, de longe a banda mais apetecível do arranque do Super Rock. Mas isso só aconteceria depois do fecho desta edição e, momentos antes, fomos obrigados a suportar tortura. A sério. Por causa de Joe Satriani.

Segundo as nossas contas, em Março de 1972, Joe Satriani tinha 16 anos. Foi nesse mês que a NASA lançou para o espaço a sonda Pioneer 10, o primeiro objecto construído pelo homem a sair para fora do sistema solar rumo a uma viagem sem retorno. Ora, importa levantar uma questão quem foi o responsável pelo facto de Satriani não ter embarcado na dita sonda? Convém apurar responsabilidades. Satriani ficou na Terra. E as consequências, hoje, são gravíssimas: ele é o músico mais chato da troposfera.

Que lugar para Paredes?

Ontem, no palco Super Rock, isso foi bem visível. Satriani? Nele tudo merece ser desancado do exibicionismo virtuoso ao onanismo guitarrístico. Os seus dedos esquadrinham o braço da guitarra para erigir nada mais do que uma maçada exorbitante, uma estopada inaturável vinda de quem privilegia a técnica e se olvida da imaginação - e o Super Rock, até ver, não é um festival de ginástica. Os fãs gostam de apregoar o facto de Satriani ser "o 7º melhor guitarrista de sempre". E que significa isso? Ninguém sabe. Aliás, em que lugar ficou Carlos Paredes nessa lista? Ninguém sabe.

Sejamos realistas é menos nocivo para a saúde ver sete concertos seguidos dos Judas Priest (ou até oito) do que uma hora de concerto do Satriani. De certeza que a música de Joe Satriani faz mal às àrvores - proíbam-na! Livrai-nos deste jactancioso para que doravante não mais cá venha semear o tédio. Como se tudo isto não bastasse, Satriani é ainda caudaloso na azeitona espremida."

Cristiano Pereira


http://jn.sapo.pt/2007/06/29/cultura/a_tortura_satriani_a_espera_metallic.html

Monday, July 02, 2007

O que fazer nos exames de Cultura (sem ser estudar para Semiologia)

Júlio De Matos e o seu modelo-zénite – a psico-sociologia

Entende-se pela obra de Júlio De Matos, que ele seria o homem indicado para tratar de patologias relacionadas de certas pessoas, que ao “frequentarem” o “curso” de Jornalismo, chegam por vezes, a conhecer um professor por semestre.

Foi isto o que aconteceu a três alunos de Jornalismo, que digamos que, não sabem o que é que querem da vida. Degredo ou masoquismo voluntário? (existirá involuntário?) Os dois. Penso que a vida de degredo que estes levaram se deve a um masoquismo clarividente. E a um bocadinho de loucura também. É por estas razões que o psiquiatra portuense se hoje fosse vivo, teria tratado, com certeza, de organizar e tratar de propor sessões de psicoterapia a tais larápios. Importa pois, neste momento, tentar expor certos aspectos da vida destas criaturas.

Comecemos então por Talcott Parsons. Desde a última vez que falei sobre ele, este autor viu a sua vida dar uma volta de 180º. Há quem diga que foi de 360º, mas eu penso que não, porque “senatão”, ele encontraria-se tal e qual como estava antes (digo eu). Para começar, ele arranjou meios para transformar o seu famoso café (mas só entre dois ou três membros VIP) num bar com muito mais qualidade, espaço e condições, embora tenha perdido a sua característica caracterizadora (bom, hã?), que era o acolhimento. Este seu novo bar inclui agora uma pista de dança, onde se fazem partidas de PES, mas agora é utilizada somente para matar veados e afins em “Elder Scrolls IV: Oblivion. Isto só para terem uma ideia da transformação e evolução que sucedeu a tal café. Agora, o novo bar possui terraço, onde se fazem pequenas partidas de futebol, onde ao primeiro chuto (mas primeiro, mesmo), a bola vai parar ao quintal do vizinho, onde se encontra um cão boxer interesseiro, que não quer, nada mais, nada menos que peso puro e duro. Uma vez fui lá e fiquei com as calças todas sujas. Mas nem só de sexo entre animais e humanos se resume a utilidade do terraço de Talcott. Este é utilizado também para “atirar limões uns aos outros”, passatempo que atrai muita clientela, parecendo que não.

O seu novo bar possui uma casa-de-banho que tem um espelho tipo, aquele da Branca de Neve, onde Émile Durkheim sempre que pode dá lá um salto para fazer a barba.

Escusado será dizer que, devido a estes factores, Talcott não tenha mãos a medir e não saia de casa. Não admira, portanto que, sempre que este é visto na rua é abordado pelos colegas de “curso” de forma… abrupta, digamos.

Passemos agora a falar da patologia de outro alienado: Émile Durkheim. Este indivíduo assistiu durante um semestre à cadeira de Inglês, não pondo os pés em mais nenhuma. Este facto leva-nos a pensar que a sua patologia pode ser mais grave que a de Parsons. Os seus passatempos na bela cidade de Coimbra, durante todo o semestre foram: futebol, Noites Longas (que já abordarei mais á frente), Metallica, In Flames, Moonspell, Smiths e SOAD (em volumes ensurdecedores para o comum dos mortais). Facto este, que levou os seus senhorios (que vivem no andar de baixo) a expulsar um indivíduo pacato que morava com eles (o outro é Weber), alegando que ele era muito introvertido, que nos acusava de sermos muito barulhentos, e que não ia funcionar com a nossa personalidade de, passo a citar: “rapazes pacatos que podem ficar um tempinho a mais à noite a estudar, logo fazendo um pouco de barulho”.

Noites Longas: facto ou ficção? Este indivíduo que vinha para Coimbra mais ou menos para ir embebedar-se para a Noites Longas, chegou a fazer o impossível – ou não! Perdeu o cartão do consumo mínimo, logo foi obrigado a pagar o extravio. Partiu o fecho da carteira, isto por o abrir e fechar tantas vezes à procura do cartão (quantas mais vezes procurasse, mais hipóteses teria de ele vir a aparecer). Chegou a casa escreveu a segunda parte do Mein Kampf (que se veio a arrepender no dia seguinte). Partiu o relógio, o telemóvel e deixou as calças na cozinha, cujo colega de casa (Max Weber) se deu conta quando acordou no dia seguinte.

Outra história gira foi quando no dia seguinte a uma noite de Queima, ele ter perdido os sapatos, apesar de ter entrado com eles em casa. Ao fim de os colegas de casa iniciarem uma intensa busca por toda a casa, o principal interveniente foi procurá-los ao frigorífico e armários e por incrível que pareça não estavam lá. Entretanto mandou um SMS a Parsons com o seguinte conteúdo: “Parsons, viste os meus sapatos?” ao que ele respondeu: “Não. Por acaso não.”. Vá, passados uns tempos, os sapatos apareceram! Entalados entre a cama e a parede.

Mas nem só de histórias felizes, se traçam as patologias de Durkheim. Este também chegou a passar duas noites erguidas sem ir a um sítio que está um bocadinho mais acima da Via Latina.

Passamos agora para a “vida” de Max Weber. “Vida” esta que se pautou pelos “horários Citroën”, isto é, deitava-se sempre às 8 horas da manhã, isto para poder ver as primeiras notícias do dia, e acordava às 3, 4 horas da tarde, tirando segundas e quintas, pois Weber também apresentou a patologia de assistir às aulas de Inglês.

Tirando isto, temos a faceta de Weber um pouco mais sedentária. Ele chegou a passar dias e semanas seguidas no bar do Talcott. Mas como são todos amigos (normalmente uma característica dos alienados; vejam o “Flying Over a Cuco's Nest”), ele nunca chegou a pagar consumo mínimo.

Resumindo, se Júlio de Matos fosse hoje vivo, teria dito: ”Olha que belas cobaias que eu aqui tenho!”. E acrescentava: ”E ainda por cima não são comunistas!”.

Se calhar vou fazer um cartoon acerca destes maganos, aplicando as minhas capacidades artísticas. Aqui vai:



- ‘Pera aí ó Durkheim! – Grito vindo do fundo da sala.

Bem tenho que ir que se faz tarde, e acho que me estão a chamar. Pois, tenho mesmo que ir, é o Júlio de matos e tenho que ir à terapia. Tchau malta!


*Reparem que afinal Júlio de Matos está vivo! A capacidade de enredo deste escritor é uma coisa assim de fenomenal. Ele relata todos os acontecimentos sempre a apresentar a pessoa de Júlio de Matos como morta, e, eis que, no fim, se descobre que está vivo e poderia muito bem, estar na mesma sala que ele. Note-se que esta criatividade é só patente em grandes autores do passado (tipo, Idade da Pedra ou assim).

*Posfácio por Carolina Salgado