Monday, July 02, 2007

O que fazer nos exames de Cultura (sem ser estudar para Semiologia)

Júlio De Matos e o seu modelo-zénite – a psico-sociologia

Entende-se pela obra de Júlio De Matos, que ele seria o homem indicado para tratar de patologias relacionadas de certas pessoas, que ao “frequentarem” o “curso” de Jornalismo, chegam por vezes, a conhecer um professor por semestre.

Foi isto o que aconteceu a três alunos de Jornalismo, que digamos que, não sabem o que é que querem da vida. Degredo ou masoquismo voluntário? (existirá involuntário?) Os dois. Penso que a vida de degredo que estes levaram se deve a um masoquismo clarividente. E a um bocadinho de loucura também. É por estas razões que o psiquiatra portuense se hoje fosse vivo, teria tratado, com certeza, de organizar e tratar de propor sessões de psicoterapia a tais larápios. Importa pois, neste momento, tentar expor certos aspectos da vida destas criaturas.

Comecemos então por Talcott Parsons. Desde a última vez que falei sobre ele, este autor viu a sua vida dar uma volta de 180º. Há quem diga que foi de 360º, mas eu penso que não, porque “senatão”, ele encontraria-se tal e qual como estava antes (digo eu). Para começar, ele arranjou meios para transformar o seu famoso café (mas só entre dois ou três membros VIP) num bar com muito mais qualidade, espaço e condições, embora tenha perdido a sua característica caracterizadora (bom, hã?), que era o acolhimento. Este seu novo bar inclui agora uma pista de dança, onde se fazem partidas de PES, mas agora é utilizada somente para matar veados e afins em “Elder Scrolls IV: Oblivion. Isto só para terem uma ideia da transformação e evolução que sucedeu a tal café. Agora, o novo bar possui terraço, onde se fazem pequenas partidas de futebol, onde ao primeiro chuto (mas primeiro, mesmo), a bola vai parar ao quintal do vizinho, onde se encontra um cão boxer interesseiro, que não quer, nada mais, nada menos que peso puro e duro. Uma vez fui lá e fiquei com as calças todas sujas. Mas nem só de sexo entre animais e humanos se resume a utilidade do terraço de Talcott. Este é utilizado também para “atirar limões uns aos outros”, passatempo que atrai muita clientela, parecendo que não.

O seu novo bar possui uma casa-de-banho que tem um espelho tipo, aquele da Branca de Neve, onde Émile Durkheim sempre que pode dá lá um salto para fazer a barba.

Escusado será dizer que, devido a estes factores, Talcott não tenha mãos a medir e não saia de casa. Não admira, portanto que, sempre que este é visto na rua é abordado pelos colegas de “curso” de forma… abrupta, digamos.

Passemos agora a falar da patologia de outro alienado: Émile Durkheim. Este indivíduo assistiu durante um semestre à cadeira de Inglês, não pondo os pés em mais nenhuma. Este facto leva-nos a pensar que a sua patologia pode ser mais grave que a de Parsons. Os seus passatempos na bela cidade de Coimbra, durante todo o semestre foram: futebol, Noites Longas (que já abordarei mais á frente), Metallica, In Flames, Moonspell, Smiths e SOAD (em volumes ensurdecedores para o comum dos mortais). Facto este, que levou os seus senhorios (que vivem no andar de baixo) a expulsar um indivíduo pacato que morava com eles (o outro é Weber), alegando que ele era muito introvertido, que nos acusava de sermos muito barulhentos, e que não ia funcionar com a nossa personalidade de, passo a citar: “rapazes pacatos que podem ficar um tempinho a mais à noite a estudar, logo fazendo um pouco de barulho”.

Noites Longas: facto ou ficção? Este indivíduo que vinha para Coimbra mais ou menos para ir embebedar-se para a Noites Longas, chegou a fazer o impossível – ou não! Perdeu o cartão do consumo mínimo, logo foi obrigado a pagar o extravio. Partiu o fecho da carteira, isto por o abrir e fechar tantas vezes à procura do cartão (quantas mais vezes procurasse, mais hipóteses teria de ele vir a aparecer). Chegou a casa escreveu a segunda parte do Mein Kampf (que se veio a arrepender no dia seguinte). Partiu o relógio, o telemóvel e deixou as calças na cozinha, cujo colega de casa (Max Weber) se deu conta quando acordou no dia seguinte.

Outra história gira foi quando no dia seguinte a uma noite de Queima, ele ter perdido os sapatos, apesar de ter entrado com eles em casa. Ao fim de os colegas de casa iniciarem uma intensa busca por toda a casa, o principal interveniente foi procurá-los ao frigorífico e armários e por incrível que pareça não estavam lá. Entretanto mandou um SMS a Parsons com o seguinte conteúdo: “Parsons, viste os meus sapatos?” ao que ele respondeu: “Não. Por acaso não.”. Vá, passados uns tempos, os sapatos apareceram! Entalados entre a cama e a parede.

Mas nem só de histórias felizes, se traçam as patologias de Durkheim. Este também chegou a passar duas noites erguidas sem ir a um sítio que está um bocadinho mais acima da Via Latina.

Passamos agora para a “vida” de Max Weber. “Vida” esta que se pautou pelos “horários Citroën”, isto é, deitava-se sempre às 8 horas da manhã, isto para poder ver as primeiras notícias do dia, e acordava às 3, 4 horas da tarde, tirando segundas e quintas, pois Weber também apresentou a patologia de assistir às aulas de Inglês.

Tirando isto, temos a faceta de Weber um pouco mais sedentária. Ele chegou a passar dias e semanas seguidas no bar do Talcott. Mas como são todos amigos (normalmente uma característica dos alienados; vejam o “Flying Over a Cuco's Nest”), ele nunca chegou a pagar consumo mínimo.

Resumindo, se Júlio de Matos fosse hoje vivo, teria dito: ”Olha que belas cobaias que eu aqui tenho!”. E acrescentava: ”E ainda por cima não são comunistas!”.

Se calhar vou fazer um cartoon acerca destes maganos, aplicando as minhas capacidades artísticas. Aqui vai:



- ‘Pera aí ó Durkheim! – Grito vindo do fundo da sala.

Bem tenho que ir que se faz tarde, e acho que me estão a chamar. Pois, tenho mesmo que ir, é o Júlio de matos e tenho que ir à terapia. Tchau malta!


*Reparem que afinal Júlio de Matos está vivo! A capacidade de enredo deste escritor é uma coisa assim de fenomenal. Ele relata todos os acontecimentos sempre a apresentar a pessoa de Júlio de Matos como morta, e, eis que, no fim, se descobre que está vivo e poderia muito bem, estar na mesma sala que ele. Note-se que esta criatividade é só patente em grandes autores do passado (tipo, Idade da Pedra ou assim).

*Posfácio por Carolina Salgado

6 comments:

Anonymous said...

Gosto particularmente do Cartoon.

AC

Anonymous said...

diz ai mas ai ao max weber que o sherman cárdenas no meu fm não está a dar nada.

Anonymous said...

Para Auguste Comte: Em contrapartida o Carlos Vela tem sido sempre o melhor marcador da liga portuguesa.

Anonymous said...

Gostei muito, fofo*** beijo big pa ti* beijo tb pó meu partner durkheim, k n deixa o nl por nada da vida, tirando por akeles cabeludos k tocam uma música muito barulhenta. o cão de um deles foi muito infelizmente sodomizado, o k chocou o seu dono, levando-o a tocar dessa maneira inaudível. beijo pa todxxx* viva jornalismo!

Anonymous said...

Para Talcott Parsons: obrigadinho pelos cumprimentos, mas foi devido a Mr. Hammet ter visto seu cão sendo sodomizado, aquando este tinha 11 anos de idade, que o levou a abstrair-se daquela visão com a sua guitarra. Entretanto encontrou um extra-terrestre de seu nome Satriani que lhe deu umas dicas, e disse que le não prestava para aquilo. Então Mr. Hammet aplicou-se e dedicou a sua vida à guitarra, levando ao seu dia-a-dia de 8 horas a tocar no bicho. É por isto que ele é hoje o guitarrista da melhor banda do mundo!!

Quem me dera a mim que o meu vizinho comesse o cu ao meu cão, mas tal não é possível por diversas razões. Primeiro porque não tou a ver um padre a fazer isso; segundo porque a minha cadela morreu há u meio ano :(


PS: Eles não são cabeludos, só o macaco trujillo.

Anonymous said...

Lindo! O macaco trujillo. Zimba!

O primo d'ele.