Wednesday, March 08, 2006

A 4L do JACKASS

Pois é, não pensem que se trata de uma 4L qualquer porque não é bem assim. Esta 4L a que me refiro, apesar de só se encontrar na posse deste senhor há cerca de 1 ano, já tem tantas histórias que dava para abrir uma nova cadeira na Universidade: “História da 4L do Jackass”, ou escrever um livro:”As aventuras do Jackass na sua 4L”, ou mesmo um documentário na BBC:”O comportamento das 4L nas mãos do seu destruidor”.

Desde os 80 em caminhos agrestes, às curvas dadas fora de mão em pleno temporal, passando pelos saltos por cima de muros em direcção a vinhas acabadas de cultivar, esta 4L pode apelidar-se de uma resistente, como nunca visto. Nem mesmo João Garcia, se pode chamar mais de sobrevivente que esta máquina de destruição (e nem precisou de escalar o Evereste, apenas um pequeno monte em Esmolfe!).

Passadas horas da Direcção-Geral de Viação ter passado o atestado de suicídio (GUIA), ao Albuquerque, este indivíduo induziu dois colegas seus (um, infelizmente sou eu), numa viagem ao *****, que se adivinhava perigosa. O excesso de velocidade, alienado à falta de segurança da máquina, juntamente com o piso escorregadio e conversa sobre raparigas bem formadas, levara à primeira demonstração de perícia do nosso condutor (a parte da perícia foi a gozar).

Muitos momentos de puro medo e susto se seguiram, ao fazermos de passageiros neste carro, mas claro, desde que ele DEIXE DE FAZER ESTAS MERDAS NÓS VAMOS CONTINUAR A ANDAR COM ELE!!!

Mas nem só de sustos é marcada a história desta 4L. Ela é também marcada pela colocação de auto-rádios, com vista à audição da Sanitarium. Esta proporcionou-nos grandes momentos de gozo e engate às cachopas (lol). Ah pois, não são os Renaults 5 sem fundo, escape da Remus, auto-rádio da Pionner a debitar enormes decibéis de puntz, puntz, trá, tá, tá, a que se acrescenta um autocolante no vidro traseiro a dizer Tunning, que as moças gostam. Quer dizer, se calhar até é…bem mas a nossa terra é uma excepção. Elas gostam sim, diz-me a minha experiência, de rapazes bem formados, que passam discretamente por elas sem dar ao alarme numa humilde 4 latas.

Mas isto não se aplica a nós, porque além de não sermos bem formados, não passamos discretamente, somos obrigados a passar de maneira machista, colocando o braço de fora da mesma. Isto devido ao espaço reduzido onde se encerram nossos corpos. Também Metallica a bombar para os transeuntes ouvirem a bom som, não ajuda à descrição. Pelos vistos, a única coisa que temos, será então, a humilde 4L.

Como diz um senhor com experiência:”A 4L é como um jipe, é só preciso meter gasolina!”. Ao que nós acrescentamos:”…e dar ar aos pneus às vezes também é preciso”.

Deixo um apelo, quem tiver uma 4L e não se utilize dela para dar umas boas voltas, avise. O Tone não se importa de a comprar para nós andarmos nela (lol). Tem que se apresentar em bom estado claro, não pode apresentar vestígios de que qualquer peça Tunning tenha tocado a sua valiosa e única tinta.

3 comments:

Anonymous said...

bem...não sei porquê tanto fascínio por um "carro" a cair de velho,ou eu é que não devo ter percebido as vossas metáforas! mas se quizerem mesmo uma verdadeira peça de antiquário, sempre têm o carro do meu pai, um fiat punto com mais de 20 anos!!! Ah, e a minha vizinha tem um 4L ou lá o ke é isso.
;-)Nice

Anonymous said...

pois é, aqui o nosso luigi é um mestre a descrever a 4l do jackass.
porta te bem e continua com esse teu sentido de humor unico e humilde!
bjts

Anonymous said...

Quando a Eunice comenta num blog é porque o blog é msm fx!!! É por essas e outras que continuo a visitar o dorisproject. Obrigado Luís. Para quando fotos no teu hi5 com legendas do tipo "tava bandeira vermelha e por isso não pude ir à agua, então amuei"?

Comte